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Vagando em vida: compreendendo as diversas faces da depressão

Linha fina: Entender e tratar as diferentes formas de depressão é fundamental para a recuperação
A depressão, um dos transtornos mentais mais comuns, manifesta-se de diversas formas. Esses
diferentes subtipos podem transformar profundamente a qualidade de vida de uma pessoa,
resultando em um estado de “vagar em vida”, no qual a existência é marcada por uma sensação de
desamparo e apatia. Compreender essas variações é essencial para oferecer um suporte adequado e
eficaz.
Independentemente do subtipo de depressão, o tratamento eficaz geralmente envolve uma
combinação de psicoterapia e tratamento medicamentoso. Segundo a psicóloga Karina dos Santos,
da Hapvida NotreDame Intermédica, o uso isolado de qualquer um desses métodos tende a ser
menos eficaz. “Além disso, retomar atividades prazerosas, mesmo quando parecer impossível, é
crucial para a recuperação. A presença de uma rede de apoio é vital, pois a recuperação muitas vezes
exige suporte de amigos, familiares e profissionais de saúde mental”, recomenda.
A depressão não afeta apenas o indivíduo, mas também aqueles ao seu redor. O pessimismo e as
dificuldades associadas à depressão podem criar um ambiente desafiador para a convivência,
exigindo que a rede de apoio também considere buscar ajuda psicoterapêutica.
Compreender e tratar as diversas formas de depressão é essencial para ajudar as pessoas a recuperar
o brilho da vida, permitindo-lhes encontrar um caminho para a esperança e a recuperação. Também
é essencial o acompanhamento de um profissional da saúde mental para orientação e assistência
qualificada a cada quadro.

Tipos e formas de manifestação da depressão

Distimia: o desânimo persistente
A distimia, também conhecida como transtorno depressivo persistente, é caracterizada por um
quadro depressivo de intensidade leve a moderada que dura pelo menos dois anos. Os sintomas
incluem desânimo, mau humor, cansaço frequente e uma perda geral de interesse em atividades
antes prazerosas. Embora não tão debilitante quanto outras formas de depressão, a distimia pode
afetar significativamente a qualidade de vida ao longo do tempo, tornando as pequenas alegrias da
vida quase inatingíveis.
Melancolia: a profundidade da tristeza
A melancolia, um subtipo da depressão maior, apresenta um desânimo intenso e dificuldades
severas, como a perda de apetite, apatia e um comportamento extremamente lento ou inerte. Esses
episódios são particularmente graves e exigem intervenção médica e psicoterápica imediata. Apesar
de tendem a ser mais curtos, com uma média de 6 a 8 dias, as crises podem se repetir com
frequência, criando um ciclo de sofrimento contínuo.
Depressão psicótica: a crueza dos delírios
A depressão psicótica é uma das formas mais severas de depressão, caracterizada pela adição de
delírios e ilusões aos sintomas depressivos típicos. Este subtipo é considerado um dos mais graves e

desafiadores, muitas vezes requerendo tratamento intensivo para lidar com a gravidade dos
sintomas e a disfunção causada pelas falsas crenças e percepções.
Depressão atípica
A inconstância das melhores euforia Na depressão atípica, os indivíduos experimentam sintomas
depressivos, mas conseguem momentos breves de melhoria quando algo positivo ocorre. No
entanto, esses episódios são efêmeros, e o estado depressivo retorna rapidamente. Este subtipo é
notoriamente difícil de tratar devido à sua natureza imprevisível e à falta de uma causa claramente
identificável.
Depressão catatônica: o frio do isolamento
A depressão catatônica é marcada por apatia severa, imobilidade ou lentidão, pessimismo, mutismo
seletivo e anedonia, que é a perda da capacidade de sentir prazer. Os sintomas podem ser
semelhantes aos da melancolia, mas tendem a durar por períodos prolongados, prejudicando
gravemente a funcionalidade e a qualidade de vida do indivíduo ao longo do tempo.

Daniela Bragança

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