
O esquema movimentava milhões com documentos falsificados
Nesta segunda-feira (07), o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) acolheu a denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO) e tornou réus dez membros de uma organização criminosa que falsificava documentos. Os acusados, que incluem Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) e diplomas universitários, enfrentarão julgamento por organização criminosa, fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. As fraudes atingiram vítimas em todo o Brasil, e, embora os líderes da organização tenham tido suas prisões decretadas, um deles ainda está foragido.
A atuação da organização
A promotora Jonisy Ferreira Figueiredo, da 3ª Promotoria de Justiça de Morrinhos, informou que a investigação descobriu um grupo cibernético que atuou entre 2021 e 2024, com sede em Morrinhos. O esquema não apenas oferecia documentos falsificados, mas também produtos ilegais, como drogas e armas.
Além disso, Gabriel Albino Ferreira desenvolveu um software avançado que criava documentos falsificados com aparência realista. O grupo vendia o acesso a esse programa entre seus integrantes. Portanto, os líderes, Carlos Eduardo Ferreira Barros, conhecido como “Kadu”, e Lucas Paim Chagas, apelidado de “LP”, promoviam suas atividades ilícitas por meio de sites e redes sociais. Para aumentar a visibilidade das publicações, Alberto Taniguti da Cunha Vilela desempenhava um papel crucial.
Ocultação dos lucros
Os lucros das fraudes eram, em grande parte, ocultados em contas bancárias abertas por intermediários, conhecidos como “laranjas”. Entre eles, estavam Nina Paula Guimarães dos Santos, Leila Aparecida Ferreira, Matheus Henrique Ferreira Mota, João Victor Carnot Damacena e Eduardo Xavier Borges. Esses indivíduos ajudavam a esconder a origem do dinheiro gerado pelas atividades criminosas.
Consequências financeiras
Além disso, a movimentação financeira da organização impressionou as autoridades. A Justiça já determinou o sequestro de veículos de luxo, como um Audi A5 e uma BMW 320i, que estão avaliados em mais de R$ 200 mil. A promotora Figueiredo destacou que os líderes do grupo usavam aplicativos de edição de imagens para produzir CNHs digitais e diplomas com aparência legítima, replicando com precisão os selos de autenticação das instituições de ensino.
Carlos Eduardo Ferreira Barros, o “Kadu”, movimentou mais de R$ 3 milhões entre dezembro de 2020 e dezembro de 2023. Essa informação provém de um relatório técnico de análise bancária, que, portanto, evidencia a extensão das fraudes do grupo.
Atualmente, Lucas Paim está preso; no entanto, Carlos Eduardo, que teve a prisão decretada, continua foragido.
*Com informações do MPGO
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