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Assédio Moral e Síndrome de Burnout: A relação prejudicial no ambiente de trabalho

Entendida como práticas de violência psicológica impactam a saúde mental dos trabalhadores e os direitos das vítimas

No contexto atual do trabalho, a relação entre assédio moral e a Síndrome de Burnout se torna cada vez mais evidente. O assédio moral é caracterizado por práticas repetitivas de violência psicológica que visam desestabilizar emocionalmente a vítima. Para que uma situação seja considerada assédio, é necessário que existam três elementos: ação abusiva, repetição da ação e objetivo de causar dano psíquico.

O Impacto do Assédio Moral

O advogado Allan Manoel, especialista em doenças e acidentes de trabalho (OAB/CE 40.071), enfatiza a responsabilidade das empresas: “A empresa é responsável por garantir um ambiente de trabalho saudável. A conivência da empresa em casos de assédio é inaceitável.”

A Conexão com a Síndrome de Burnout

A Síndrome de Burnout, segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), está relacionada ao estresse intenso e crônico no trabalho. O assédio moral pode agravar esse quadro, resultando em sérios problemas de saúde mental. “O estresse é uma resposta normal, mas quando ultrapassa o limite, pode levar a colapsos emocionais”, alerta o médico psiquiatra Dr. Roberto Almeida, formado pela Universidade de São Paulo (USP).

Direitos da Vítima e Preconceito

Quem sofre assédio moral e desenvolve a Síndrome de Burnout tem direitos, como a rescisão indireta e indenizações por danos morais. Ana Maria (nome fictício), uma servidora pública em comissão, compartilha sua experiência: “Sofri gritos, xingamentos e fui demitida via WhatsApp, sem considerar minha condição médica.” Infelizmente, as vítimas frequentemente enfrentam preconceito. A psicóloga Dra. Juliana Costa, graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), destaca: “Muitas vezes, são vistas como fracas ou incapazes, quando, na verdade, são pessoas resilientes que precisam de apoio.”

Canais de Denúncia e Apoio

É fundamental que as vítimas documentem tudo e busquem acolhimento psicológico. Elas podem formalizar a situação junto ao setor responsável da empresa e denunciar em órgãos competentes, como o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Disque 100. Instituições públicas, como o Sistema Único de Saúde (SUS), também oferecem apoio psicológico a essas vítimas.

A interseção entre assédio moral e saúde mental no trabalho é uma questão urgente que merece atenção. Reconhecer os direitos, buscar apoio e enfrentar o preconceito são passos fundamentais para aqueles que vivenciam essa realidade.

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Daniela Bragança

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